domingo, 26 de abril de 2015

É na escola que se aprende...


Crianças devem comer bem, certo?
Ainda não sou formada em nutrição, mas acho que é de opinião geral que por elas estarem em fase de crescimento, é importantíssimo que elas se alimentem com comidas saudáveis e ingredientes frescos e menos refinados possíveis. Então se é assim, porque continuamos a dar tantos biscoitos, balas, docinhos e frituras?
Ou melhor, se é assim, porque as escolas, que deveriam ser a instituição responsável pelo ensino e pela transmissão de valores, tem em suas cantinas tanto lixo? Sim, lixo. Lanches com alto valor calórico e baixíssimo valor nutricional.
Para os que não sabem, eu tenho 18 anos, então até pouco tempo atrás, para ser mais exata ano passado, eu estava na escola. Eu via o que as cantinas ofereciam aos alunos: croissant, enroladinho de salsicha, palha italiana, bolos, batata frita, cachorro quente etc. Esse é um problema sério! São apenas crianças....


Há uns meses atrás, uma amiga minha me apresentou a "Nutrebem" e eu fiquei apaixonada pela proposta deles! É basicamente uma empresa que regula a alimentação das crianças nas escolas, coisa que muitas vezes a própria escola e os pais não conseguem fazer.
O que eu achei mais legal é que como a compra do lanche é feita por meio de uma máquina os pais podem configurar as opções de lanche mais adequadas. Assim, se a criança tiver restrição à lactose, ou à glúten, os pais podem bloquear certos produtos de forma que eles nem apareçam como opção no cardápio dos filhos. A mesma coisa no caso de ser vegetariano. Comidas com carne não estarão disponíveis. Genial né?

A Proposta deles é:
  •  possibilitar uma experiencia de compra sem uso de dinheiro vivo, possível através de terminais de auto atendimento exclusivo. 
  • Os pais fazem o pagamento pelo site  e criam "créditos" para os filhos, podendo configurar as opções de compra mais adequadas. 
  • Relatórios que permitem aos pais e à escola entenderem a escolha alimentar da criança, avaliando sua evolução de um ponto de vista nutricional. 

Funciona assim:



  1. A escola entrega o cartão ''nutrebem'' aos alunos.
  2. Os pais se cadastram no site para a ativação do cartão, adicionando seus primeiros créditos. 
  3. O aluno já pode comprar seus lanches no terminal da nutrebem. 

Alguns colégios aqui no Rio já aderiram esse sistema: MOPI Itanhangá e Tijuca, Bahiense Barra e Freguesia, Miguel Couto Nova Iguaçu e Eden no Largo do Machado.

Eaí, o que acharam? Beijos!



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Tour vegano em São Paulo

Sei que to meio sumida do blog, mas eu prometo que vou me esforçar mais para manter o "Let it Veg" atualizado. Para começar, eu não podia deixar de vir aqui compartilhar a experiência incrível que eu tive nos dias 11 e 12 desse mês. 

Da esquerda para a direita: Eu, Ciça e Camilla
Eu e duas amigas minhas (Ciça e Camilla do @proteinacomamor ) fomos para um tour gastronômico em São paulo, que incluía ir à dois eventos de veganismo (Feira Vegana de Outono" e o "4º Encontro Vegano JMA") e conhecer vários restaurantes que até então a gente só conhecia pela internet. Resumindo, o plano da viagem era comer. Comer muito. E foi o que fizemos haha. Bricadeira tá gente. (Brincadeira nada). O plano também era conhecer um pouco mais sobre o veganismo, se inspirar, assistir palestras e aprender. 

11/04

Chegamos no sábado de manhã  e já fomos direto tomar nosso café da manhã na Zona cerealista porque a Ciça sabia de uma lanchonete que vendia salgados veganos. Pegamos 3 metrôs, andamos, andamos mais um pouco, erramos o caminho várias vezes, vimos a confusão de um assalto, andamos mais e enfim chegamos em um lugar bem diferente do que a gente estava imaginando. 
Para começar, são várias lojas que vendem todos os tipos de cereais, grãos, sementes, castanhas...e vários outros produtos como pães, sucos e suplementos. Tem uma variedade enorme de coisas, mas não me pareceu uma região muito segura. Posso estar falando besteira, e me desculpem se eu estou, mas a nossa vontade assim que a gente chegou, foi de ir embora. 


Quando finalmente encontramos o Armazém paulista e vimos a variedade de salgados sem nada de origem animal, quase surtamos de felicidade. Quando o garçom falou o preço (6,00 por um salgado gigante e 6,00 por dois copões de açaí) quase surtamos mais uma vez . E quando finalmente provamos os salgados surtamos de novo. Era tudo MUITO bom! Muito mesmo. Valeu todo o perrengue. Valeu a viagem. O Armazém Paulista fica na Av. Mercúrio, 154, Brás.

Provamos açaí, coxinha de jaca, Bauru proteico e torta de vegarela pizza, que era surreal!!! Os salgados são do Lar Vegetariano Vegan e feitos somente com sal marinho e óleo não transgênico. Além disso, a massa é elaborada com farinha de trigo integral orgânica. Legal né? Adorei.


 Saímos de lá e fomos para a Feira Vegana de Outono. ....

Eram Tantas opções de estandes com venda de comidas , que a gente acabou comendo de tudo! Sério. Provamos bolo de prestigio, bolo de goiabada, torta de limão, torta mexicana, cheesecake, paleta de banana com recheio de "nutela", mate com leite condesado de soja, brigadeiro de batata doce com coco , bolo de cenoura com chocolate, torta holandesa, sanduíche árabe de falafel e espetinho de soja. Ufa, acho que eu não esqueci de nada. (Vocês não imaginam a fome que tá me dando escrever isso).


Se eu disser que depois disso tudo a gente ainda foi para uma pizzaria vocês acreditam? Eu sei, é vergonhoso, mas a gente tinha que conhecer as pizzas do Barão Natural. Então lá fomos nós....rolando pelas ruas de São paulo. 

Acho que a foto fala por si só né? Uma era de "frango com catupiry" + algum sabor muito parecido com calabresa que eu não lembro o nome. A doce era banana com leite condensado e brigadeiro. 

A gente pediu uns uns 6 sabores, mas os meu preferidos foram a de frango com catupiry e a de calabresa. Quanto as doces, elas são bem doces, nada para paladares delicados. 
(Enquanto eu escrevo esse post tá batendo uma nostalgia dessa viagem que vocês nem imaginam...Só sei que eu daria muita coisa por uma pizza dessas agora)





 12/04


Sabe quando você gosta muito de uma pessoa logo de cara? Eu senti isso quando entrei no lugar do Encontro Vegano JMA. Gostei logo de cara da energia, Do ambiente, Das pessoas. Senti que ia ser uma experiência diferente, e foi. Foi muito diferente. Muito impactante, emocionante e gratificante.
Não sei explicar ao certo, mas tudo alí me sensibilizou de uma forma absurda. Eu conheci e conversei com pessoas incríveis, comprei produtos maravilhosos e experimentei comidas muito gostosas. Tudo foi perfeito, sabe?


Eu preciso dizer que eu comi o melhor hambúrguer vegano da minha vida! O "Mico Melt" é um hambúrguer de ervilha, tofu defumado, cheddar vegano e crispies de cebola. Brigada Gorilla Vegan Burger  por fazer a minha vida mais feliz.

Mico melt
Estande do Gorilla Vegan Burger


Moqueca divina e feijoada maravilhosa
Sem palavras para essa coxinha de soja. De comer rezando!
Eram váaarias opções de recheios de pastel ! Tavam com uma cara ótima né?

Cada cupcake mais lindo que o outro.
Blusa veggie life que eu comprei por 30,00
 


venda de todo tipo de cosmético!
E como se não bastasse a feijoada, moqueca, cachorro quente, hambúrguer e alguns docinhos...ainda fomos no PRIME DOG , que é o sonho de qualquer vegano. Com muitas, muitas, opções de hambúrgueres e hot dogs veganos, os preços são ótimos e as porções enormes! Fica na Rua Vergueiro, 1960, São Paulo. É parada obrigatória! 

Hot dog Mini soja + milkshake de paçoca

Eu e a Ciça nos entupindo de comida
Espero que vocês tenham gostado e que esse post consiga mostrar aos céticos, que veganos comem muito mais que plantas. 
Ah, e quem tiver dúvidas pode fazer aqui nos comentários que vai ser um prazer enorme responder! beijos

domingo, 5 de abril de 2015

O melhor smothie proteico


Pensa em uma bebida cremosa. 
Agora gelada. 
E agora com gostinho suave de chocolate. 
Agora junta tudo isso e você vai ter esse smoothie delicioso. 



Não gosto muito de suplementos e quando comprei o de baunilha da sunwarrior gostei menos ainda. Para mim, o gosto é artificial , mas como a qualidade dos produtos dessa marca é excelente, resolvi forçar mais um pouquinho e botar tudo o que eu mais amo dentro do liquidificador . O que deu certo (ou errado) porque agora eu durmo e acordo pensando nesse shake proteico.




Para fazer é muito simples. Basta bater no liquidificador :

  • 2 bananas congeladas 
  • 1 scoop de proteína de arroz sunwarrior 
  • 1 maçã
  • 1 colher de sopa de cacau em pó
  • 1 xícara de chá de água gelada
  • gelo (opcional)


Gosto de tomar como pré treino porque ele me dá muita energia!!!







quarta-feira, 1 de abril de 2015

Quem eu sou ?

Não sou onívora, vegetariana e muito menos vegana. Sou Gabriela. Ou Gabi. Ou Bi. Porque não quero criar disso uma religião e muito menos uma definição de quem eu sou. Não quero chegar nos lugares e ser apresentada pelo tipo de alimentação que eu escolhi. Também não quero estar separada da sociedade. Quero viver e viver muito, com todo tipo de pessoa. Não é porque eu amo os animais, que tenho que viver numa casa na floresta e meditar o dia todo. Gosto de meditar sim e amo o mato, mas também gosto de muitas outras coisas. Gosto de sair com os meus amigos, ir pra barzinho, boite e festa. Aonde tiver música boa eu to dentro. Gosto de hip hop, funk, samba...de tudo um pouco. Gosto de sair pra jantar e vou em qualquer lugar, até churrascaria em tô dentro. Gosto de gente. E gosto mais ainda de continuar fazendo as mesmas coisas de quando eu comia carne. Gosto de poder compartilhar com vocês um pouco da minha vida e de se possível tocar alguns corações e mudar vidas. 

A verdade é que eu sempre comi de tudo e sempre me orgulhei muito disso. A minha mãe tem um restaurante de comida natural desde que eu nasci e como fazia todas as minhas refeições nesse lugar que eu amo, não considerava que a minha alimentação era algo para ser discutido.

Para falar a verdade, não sei muito bem quando essa história começou. Acho, não tenho certeza, que foi quando eu ví passando na rua um caminhão com muitas, muitas, galinhas dentro. Elas estavam todas desconfortáveis dentro de caixas e por mais rápido que tenha sido, aquilo me tocou. Depois acho que foi quando eu fui num parque de diversões e ví um urso polar. O lugar que ele ficava era tão pequeno...e o olhar dele era tão triste....Acho que só quem prestou atenção nele (e não só o viu como um objeto de diversão) sentiu o que eu senti. Aquela cena ficou na minha cabeça e até hoje eu me sinto mal por ele...tão grande num lugar tão apertado. Depois acho que foi quando eu convivi com um vegetariano. Ele me contou um pouquinho do por quê da escolha dele e me indicou o documentário "A carne é fraca", que foi decisivo para mim. As lagrimas não paravam de sair e eu chorava, soluçava para falar a verdade, por nunca alguém ter me mostrado a verdade. Chorei pelo sofrimento dos animais. Chorei pela minha parcela de culpa. E chorei por saber que aquilo não dependia só de mim. Esse último é ainda uma das coisas que eu mais escuto. "mas você acha que só você vai fazer a diferença?". Tudo bem, pode ser que não, mas naquele momento eu não podia mais fazer parte daquilo. Não podia mais aceitar financiar uma indústria que maltrata e machuca os animais. Animais esses que nada fazem contra nós. Decidi parar naquele dia mesmo (01/12/2013). Primeiro com as vacas, porcos, galinhas e todos os outros animais com exceção dos peixes e frutos do mar. Ao longo daquele ano eu fui lendo livros, vendo mais documentários e percebendo, apesar de não me sentir tão sensibilizada com os peixes como com os outros animais, que aquilo não fazia sentido. Não tinha por que sentir mais pena de uns que de outros. Seria o mesmo que tomar como verdade “todos animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”. Não ta certo. E aos poucos, a minha consciência foi falando mais alto que o meu paladar. É claro que eu amo (sim, eu ainda amo) cachorro quente, comida japonesa e uma série de outras comidas que eu poderia listar aqui, eu só não me vejo mais comendo-as. Elas passaram de um prato delicioso para a realidade, que é um animal. Um bichinho lindo e indefeso. Um escravo da nossa cultura. A questão é que o meu amor por esses pratos chegou no limite. No começo foi difícil e ainda tem alguns momentos que são difíceis, eu não vou mentir. O cheiro de certas comidas (não a aparência) é o que mais me pega, mas são apenas momentos. Momentos que a tentação se manifesta, mas que a minha compaixão e a necessidade de não fazer parte dessa cultura falam mais alto. A vida é feita de escolhas e eu fiz a minha. Uma escolha que faz com que eu me sinta mais feliz, completa, bem comigo mesma e com o meu corpo e o mais importante...em paz.